Esposas de ministros do governo Lula que ocupam cargos de conselheiras em Tribunais de Contas Estaduais (TCEs) estão recebendo salários que podem chegar até R$ 100 mil mensais, incluindo auxílios e penduricalhos. A maior parte dessa remuneração se dá através de funções vitalícias nos TCEs, em estados como Ceará, Amapá, Piauí, Bahia e Alagoas.
Em dezembro de 2024, a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) elegeu Onélia Santana, esposa do ministro da Educação Camilo Santana (PT), para o Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE). Ela se junta a outras quatro mulheres de ministros de Estado que também ocupam cargos de conselheiras: Marília Brito Xavier Góes, esposa do ex-governador do Amapá e ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (União Brasil); Rejane Ribeiro Sousa Dias, esposa do ex-governador do Piauí e ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT); Aline Fernanda Almeda Peixoto, esposa do ex-governador da Bahia e ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT); e Renata Pereira Pires Calheiros, esposa do ex-governador de Alagoas e ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB).
Os salários dessas conselheiras são impressionantes. No caso de Onélia Santana, por exemplo, o salário fixo é de R$ 39.717,69, além de penduricalhos que aumentam significativamente esse valor. Ela também recebe cerca de R$ 13 mil de ajuda de custo-função cumulativa, R$ 2 mil de auxílio-alimentação e mais de R$ 5 mil de auxílio-saúde. Marília Góes, esposa de Waldez Góes, recebeu R$ 119 mil em proventos (remuneração bruta) em outubro e julho de 2024, com uma remuneração líquida de R$ 98 mil.
Rejane Ribeiro Sousa Dias, conselheira do TCE do Piauí, teve uma remuneração de R$ 111,1 mil em fevereiro de 2024, incluindo uma indenização de férias e outros auxílios, além de uma média de R$ 49,6 mil mensais em 2023. Aline Peixoto, esposa de Rui Costa, tem uma remuneração de R$ 51,6 mil mensais, enquanto Renata Calheiros, esposa de Renan Filho, acumula R$ 50 mil mensais com benefícios, totalizando R$ 440 mil líquidos entre janeiro e outubro de 2024.
Esses altos salários refletem as funções vitalícias e as regalias atribuídas aos conselheiros, que têm garantido um poder significativo dentro dos tribunais de contas dos estados.
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