O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) analisa quatro possíveis substitutos para José Múcio Monteiro Filho no Ministério da Defesa. Os nomes cogitados são Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Geraldo Alckmin (Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento), Ricardo Lewandowski (ministro da Justiça e da Segurança Pública) e Jaques Wagner (líder do governo no Senado).
Embora os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica evitem declarações públicas, defendendo que a decisão é prerrogativa exclusiva de Lula, bastidores indicam inclinações. Padilha surge como favorito devido à sua proximidade com o presidente, enquanto Wagner tem a experiência de uma gestão anterior no mesmo ministério.
José Múcio, que atuou como mediador entre governo e Forças Armadas, já demonstrou vontade de deixar o cargo. Aos 76 anos, sente que cumpriu sua missão, marcada por apaziguar tensões entre civis e militares. “Deixa disso” foi sua estratégia para atravessar crises, nem sempre compreendido pelos dois lados.
Amigos próximos relatam que Múcio deseja sair com um entendimento cordial com Lula, mas em breve. A falta de recursos no governo para grandes projetos e o desgaste inerente ao cargo reforçam sua decisão.
A saída ocorre em um contexto de reflexões sobre a democracia brasileira. Nesta semana, o governo relembra o golpe fracassado de 8 de janeiro, um episódio que Lula insiste em marcar como símbolo da resistência democrática. Já no dia 15, o país recordará os 40 anos da eleição de Tancredo Neves, o primeiro civil eleito após 21 anos de regime militar.
Apesar das celebrações, a "ferida" deixada pelo radicalismo político, segundo aliados de Lula, só cicatrizará quando a justiça responsabilizar integralmente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Enquanto isso, o futuro do Ministério da Defesa permanece incerto, mas sob cuidadosa análise.
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