Até a manhã desta segunda-feira (6), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não havia enviado um convite formal ao Brasil para participar de sua posse, marcada para sexta-feira (10). A informação foi confirmada ao canal CNN pelo Itamaraty, indicando um novo capítulo nas relações tensas entre os dois países.
Esse gesto é interpretado pelo governo brasileiro como um reflexo do distanciamento entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder venezuelano desde as eleições presidenciais na Venezuela, realizadas em julho de 2024. O Brasil, até o momento, não reconheceu a vitória de Maduro e condicionou o reconhecimento à entrega das atas eleitorais, o que nunca ocorreu.
Em novembro, o governo brasileiro também impediu a entrada da Venezuela no Brics, uma ação que gerou insatisfação em Caracas. Fontes diplomáticas indicam que, desde então, Lula e Maduro não mantêm diálogos diretos.
Apesar da ausência de um convite oficial, o plano do Brasil é enviar a embaixadora em Caracas, Gilvânia de Oliveira, para representar o país na cerimônia, caso um convite formal seja feito. Para os diplomatas brasileiros, essa medida simboliza a continuidade das relações diplomáticas entre as duas nações, embora o Brasil não reconheça a vitória de Maduro e as relações pessoais com o presidente venezuelano estejam suspensas.
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