O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), que tomou posse para um novo mandato na última quarta-feira (1º), reforçou a aliança com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao citar uma "parceria umbilical" entre ambos. Contudo, aliados de Nunes avaliam sua candidatura ao governo do estado caso Tarcísio dispute a Presidência da República em 2026.
Nunes, que evitou confirmar explicitamente suas pretensões ao Palácio dos Bandeirantes, já vem consolidando apoio político no interior paulista. Em seu primeiro escalão, nomeou ex-prefeitos de cidades estratégicas, ampliando sua influência em municípios que somam 2,3 milhões de habitantes.
Equipe com foco no interior
Entre os recém-nomeados estão:
Esse movimento é visto como uma estratégia para ampliar a capilaridade política de Nunes em uma eventual corrida ao governo paulista.
Desafios e competidores
Apesar das articulações, a candidatura de Nunes pode enfrentar obstáculos, incluindo a forte influência de Gilberto Kassab (PSD), que almeja ser vice na possível chapa de reeleição de Tarcísio em 2026, com vistas a sucedê-lo em 2030.
Além disso, o calendário político pode desfavorecer o emedebista. Caso Tarcísio concorra e vença a reeleição em 2026, o mandato do governador terminaria em 2030, enquanto o de Nunes como prefeito acaba em 2028, o que o deixaria sem cargo por dois anos.
Cenários políticos para 2026
Nunes também precisa consolidar seu apoio popular. Apesar de vencer Guilherme Boulos (PSOL-SP) no segundo turno das eleições municipais de 2024 com 59% dos votos válidos, a diferença no primeiro turno foi apertada.
No campo da direita, potenciais adversários incluem Pablo Marçal (PRTB), que protagonizou momentos polêmicos na campanha de 2024 e pode voltar à disputa em 2026, além de Kassab, que mantém uma posição estratégica entre os governos estadual e federal.
Na esquerda, o PT avalia nomes como Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Luiz Marinho (Trabalho). Apesar de terem enfrentado derrotas anteriores no estado, os três continuam sendo opções influentes. Haddad, em especial, é considerado uma alternativa do partido ao Planalto, caso Lula não concorra à reeleição.
Enquanto trabalha para fortalecer sua base, Ricardo Nunes equilibra-se entre a administração da maior cidade do país e as possibilidades de ascensão política no estado de São Paulo.
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