A ex-vereadora Janaína Lima (PP) decidiu doar à Câmara Municipal de São Paulo o vaso sanitário e as pias retirados de seu antigo gabinete. Os itens, instalados durante sua gestão, haviam sido comprados com recursos próprios, conforme declarou a ex-parlamentar, que enfrentou críticas após a remoção das peças.
"Por orientação do Jurídico, equipamentos instalados com recursos próprios foram retirados. No entanto, por uma decisão pessoal, esses equipamentos estão sendo doados agora para a Câmara Municipal decidir o melhor destino", afirmou Janaína em vídeo publicado nas redes sociais.
Câmeras internas do prédio captaram funcionários do gabinete de Janaína retirando as peças do banheiro do espaço que ocupava no Palácio Anchieta, no 6º andar. A ex-vereadora justificou que as reformas foram custeadas com recursos pessoais e que os itens não faziam parte do inventário patrimonial da Câmara.
Em vídeo, Janaína defendeu a ação afirmando que “a parte hidráulica da Câmara é sensível” e que a privada retirada seria descartada ou entregue a quem precisasse. Ela também ressaltou economias feitas ao longo dos seus dois mandatos, incluindo R$ 9 milhões poupados de verbas de gabinete e indenizatórias.
"Obviamente, nem eu nem meus assessores precisamos de privada", disse, acrescentando que outros itens mais caros, como vidro antiacústico, luminárias e azulejos, foram mantidos no gabinete.
O espaço agora será ocupado pelo vereador recém-empossado Adrilles Jorge (União Brasil), conhecido por sua participação no Big Brother Brasil. Ele ironizou o episódio ao relatar a ausência do vaso sanitário e da pia no gabinete.
“Visitei o gabinete, achei a arquitetura genial. Mas ela tirou tudo. Foi tirado inclusive o vaso e a pia. É uma coisa que nem ela ia dizer, nem eu ia perguntar”, afirmou.
Adrilles brincou com a situação, dizendo que ele e sua equipe usariam “um penico comunitário” até que a Câmara resolvesse o problema. “Acho que é uma punição para mim, que sou conservador liberal, ser obrigado a usar o banheiro coletivo”, debochou.
Janaína tentou a reeleição em 2024, mas obteve apenas 12.212 votos, ficando como suplente de sua legenda. Ela investiu R$ 1,35 milhão na campanha e possui uma dívida de R$ 161.668,84, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Enquanto isso, Adrilles inicia seu mandato com bom humor e críticas à polêmica. “Um trabalho conjunto para superar os desafios, inclusive os mais inusitados”, comentou, referindo-se à situação em seu gabinete.
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