O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), assinou nesta quarta-feira (11) o contrato de financiamento de até US$ 150 milhões para a construção da tão aguardada Ponte Salvador-Itaparica. Com a aprovação do Senado, o empréstimo pode atingir R$ 800 milhões, valor que será destinado a obras complementares do sistema viário e à recuperação de trechos da BA-001. No entanto, esse projeto, anunciado como uma das principais promessas de campanha do PT, continua a ser alvo de críticas pela sua morosidade e por ainda não ter se concretizado após anos de promessas.
A obra, que promete conectar Salvador à Ilha de Itaparica, já foi apresentada como um marco para a infraestrutura do estado, mas os desafios financeiros e administrativos têm dificultado o avanço. A assinatura do contrato com o Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), que financia parte da construção, é um passo importante, mas a crítica é que, após tantas tentativas frustradas, a ponte permanece distante da realidade cotidiana dos baianos.
Em nota, o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, enfatizou a importância da parceria com agências multilaterais para garantir o avanço do projeto. Segundo ele, "a construção de uma obra de tanto impacto demanda um planejamento financeiro adequado". No entanto, muitos se questionam se o cronograma realmente será cumprido ou se a ponte continuará sendo uma promessa não realizada, como já foi durante os mandatos anteriores do PT.
Uma obra, múltiplas promessas não cumpridas
Embora a construção tenha finalmente começado com sondagens do solo em Salvador, o projeto ainda enfrenta inúmeros obstáculos, como a necessidade de uma Parceria Público-Privada (PPP) para execução e os desafios financeiros para garantir a viabilidade do projeto. A fase de sondagem e análise do solo, que começou em janeiro deste ano, é um sinal positivo, mas a falta de avanços concretos nas últimas décadas levanta dúvidas sobre a efetividade da obra. Afinal, a promessa da ponte é repetida desde os primeiros anos do governo petista, mas sua materialização parece estar sempre distante.
A tão esperada obra terá um impacto direto na mobilidade entre Salvador e a Ilha de Itaparica, mas os baianos aguardam a construção de infraestrutura significativa que ainda parece ser mais uma "promessa de campanha" do que uma realidade concreta. A construção da ponte, longe de ser um novo marco, segue como mais um exemplo das dificuldades enfrentadas para tirar do papel um projeto vital para o estado.
Embora a etapa de sondagem tenha gerado cerca de 300 empregos diretos e indiretos e um investimento de R$ 160 milhões até o momento, o caminho até a entrega da ponte é longo, e os desafios financeiros e estruturais permanecem.
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