O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), declarou nesta quarta-feira (11.dez.2024) que “jamais” cometeu qualquer ato ilícito, seja de natureza moral ou eleitoral. A manifestação ocorreu após o TRE-GO (Tribunal Regional Eleitoral de Goiás) decidir torná-lo inelegível por 8 anos por abuso de poder político.
Em entrevista a jornalistas, Caiado afirmou que irá recorrer da decisão. “Sempre pautei minha vida política no cumprimento das normas legais e jamais pratiquei um ilícito moral ou eleitoral que desabonasse minha trajetória de vida”, afirmou.
Além de Caiado, o tribunal também determinou a inelegibilidade por 8 anos do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), e da vice-prefeita eleita, Cláudia da Silva Lira (Avante). O registro de ambos foi cassado.
Segundo a Justiça Eleitoral, Caiado teria favorecido Mabel e Cláudia Lira, seus aliados políticos, durante a eleição municipal deste ano, promovendo jantares no Palácio das Esmeraldas, sede do governo.
O governador negou que os eventos tivessem finalidade eleitoral. Ele argumentou que outros líderes políticos já realizaram encontros similares em períodos eleitorais sem serem penalizados judicialmente.
“Recebi mensagens de amigos lembrando casos como o da ex-presidente Dilma Rousseff, que se reuniu no Palácio do Alvorada em 2014, e do ex-presidente Jair Bolsonaro, que realizou um evento semelhante em 2022, também no Alvorada. Em 2024, Lula pediu votos para Boulos no Palácio do Alvorada. Não podemos ter dois pesos e duas medidas. Moro aqui, e não é justo que existam dois tratamentos diferentes”, defendeu Caiado.
A decisão do TRE-GO foi proferida pela juíza Maria Umbelina Zorzetti. Como ainda cabe recurso, a sentença não tem execução imediata. Dessa forma, Caiado permanece no cargo, e Sandro Mabel poderá ser empossado como prefeito de Goiânia por enquanto.
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