Os gastos da Prefeitura de São Paulo com subsídios às empresas de ônibus da capital paulista atingiram R$ 5,6 bilhões em outubro de 2024. Esse valor já ultrapassa o total desembolsado ao longo de todo o ano de 2023, que foi de R$ 5,3 bilhões. Caso a tendência se mantenha, até o final deste ano o valor dos subsídios deve superar a marca histórica dos R$ 6 bilhões, sendo o maior valor registrado para o setor de transporte público municipal pelo quarto ano consecutivo.
De acordo com dados divulgados pelo site de transparência da SPTrans, entre janeiro e outubro de 2024, o total aplicado no sistema municipal de transporte chegou a R$ 5,640 bilhões. No mesmo período de 2023, o gasto foi de R$ 4,644 bilhões, representando um aumento de 21,4% sem correção monetária.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, destacou que a tarifa de ônibus foi mantida congelada em R$ 4,40 desde 2020, o maior período sem reajuste desde o Plano Real. Além disso, a gestão de Ricardo Nunes (MDB) enfatizou que o subsídio tarifário também viabiliza iniciativas como o programa "Domingão Tarifa Zero", que beneficia milhões de pessoas, além de oferecer integração gratuita entre ônibus e descontos no sistema sobre trilhos. A prefeitura argumenta que os custos do sistema foram impactados pela pandemia de Covid-19, que reduziu a demanda e arrecadação do setor.
Para o ano de 2025, o Projeto de Lei Orçamentária Anual prevê a destinação de R$ 6,4 bilhões para os subsídios do transporte público, com a proposta ainda em discussão na Câmara Municipal de São Paulo.
Subsídio pagos às empresas de ônibus
Fonte: SPTrans
O aumento do valor dos subsídios é principalmente resultado do crescimento das gratuidades, como o programa “Domingão Tarifa Zero”, e da decisão de manter a tarifa de ônibus congelada em R$ 4,40. Em entrevista após sua reeleição, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que, no início de dezembro, se reunirá com sua equipe técnica para decidir se manterá o congelamento da tarifa pelo quinto ano consecutivo. “Minha ideia é manter a tarifa, mas preciso analisar todos os dados antes de tomar uma decisão, pois não posso comprometer áreas essenciais como saúde, educação e habitação”, declarou Nunes.
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