Três políticos eleitos ou suplentes nas eleições municipais de 2024 foram encontrados pela Justiça e passaram a cumprir pena após serem condenados por crimes graves. Os suplentes Celmar Mucke (União), de Tupanci do Sul (RS), e Gasparino Azevedo (PT), de Sebastião Barros (PI), foram presos por estupro de vulnerável. Já Gilvan (MDB), vereador eleito de Lagoinha do Piauí (PI), teve sua pena por homicídio culposo convertida em serviços comunitários e multa.
Esses casos foram revelados entre outubro e novembro, após uma reportagem que identificou 20 candidatos eleitos ou suplentes com mandados de prisão em aberto. O levantamento foi realizado com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e nos registros do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Detalhes dos Casos
Celmar Mucke foi preso em 22 de outubro, pouco depois de ser eleito suplente em Tupanci do Sul, com apenas 1 voto. Ele havia sido condenado a 9 anos de prisão por estupro de uma jovem de 14 anos, crime cometido pouco antes de registrar sua candidatura.
Gasparino Azevedo, 1º suplente em Sebastião Barros, também foi condenado por estupro de vulnerável em 2019. Ele só foi preso em 19 de novembro, após uma falha no Tribunal de Justiça do Piauí, que não registrou seu antecedente criminal. Azevedo participou das eleições e obteve 135 votos, sendo preso em Brasília para cumprir a pena de 10 anos de reclusão.
Gilvan, eleito vereador de Lagoinha do Piauí, foi condenado por homicídio culposo, após atropelar e matar uma pessoa em Marabá (PA). A condenação de 2 anos e 8 meses de prisão foi convertida em 970 horas de serviços comunitários e multa, já que o crime foi considerado culposo (sem intenção de matar). O juiz responsável pelo caso, Caio Marco Berardo, determinou a conversão da pena em audiência de custódia em novembro.
Outros Casos e Levantamentos
Além dos três políticos, Claudio Lima (Avante), 3º suplente em Fortaleza (CE), ainda está sendo procurado pela Justiça sob acusação de organização criminosa.
Dentre os 20 nomes investigados pela reportagem do g1, sete não são mais procurados. Um deles, Lula Costa (PSD), 9º suplente de Barra do Choça (BA), teve seu nome retirado da lista após o levantamento de mandados de prisão relacionados à associação para o tráfico. Outros seis suplentes tiveram seus mandados de prisão revogados após o pagamento de pensão alimentícia devida.
No entanto, nove procurados continuam sendo buscados pela Justiça devido ao não pagamento de pensão alimentícia, entre eles:
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