O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sugeriu nesta quinta-feira (28.nov.2024) um acordo envolvendo o STF (Supremo Tribunal Federal) e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para garantir anistia a ele e aos presos pelos atos de 8 de janeiro. Segundo Bolsonaro, a medida seria um passo para pacificar o país e encerrar os conflitos em torno das investigações conduzidas pela PF (Polícia Federal).
"Para pacificarmos o Brasil, alguém precisa ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes. [...] Se houvesse uma palavra do Lula ou do Moraes sobre anistia, tudo estaria resolvido", declarou em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro.
O tema ganhou destaque entre apoiadores de Bolsonaro à medida que avançam as investigações que apontam o ex-presidente e outros 36 aliados como participantes de um plano para impedir a posse de Lula em 2022. As acusações incluem até mesmo conspirações para assassinar o presidente eleito e o ministro Alexandre de Moraes, que presidia o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na época.
Na Câmara dos Deputados, um projeto de anistia, inicialmente apoiado por aliados de Bolsonaro na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), teve sua tramitação atrasada pelo presidente Arthur Lira (PP-AL). Lira evitou tratar do tema durante a disputa por sua sucessão, mas afirmou que pretende resolver a questão até o final de seu mandato, em fevereiro de 2025.
Na última segunda-feira (25.nov), ao retornar de uma viagem a Alagoas, Bolsonaro negou envolvimento em qualquer tentativa de golpe, mas admitiu temer ser preso em razão das investigações.
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