O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid se preparou para diversas possibilidades nesta quinta-feira (21) antes de se encontrar com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Cid temia, inclusive, ser preso ao final da audiência de custódia. Por isso, deixou uma mala com roupas e pertences pronta e as contas de casa pagas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia solicitado a prisão de Cid novamente – desta vez, por omitir informações na delação sobre o ex-ministro Braga Netto e sobre o plano que envolvia militares para assassinar Lula, Geraldo Alckmin e Moraes em 2022.
Cid chegou ao STF tenso. No local, encontrou um juiz auxiliar do gabinete de Moraes e um representante do Ministério Público Federal. O ministro do STF e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, participaram por videoconferência.
Tanto Moraes quanto Gonet fizeram perguntas ao ex-ajudante de ordens. Segundo pessoas que acompanharam o depoimento, a oitiva foi objetiva. O ministro do Supremo fez uma série de perguntas para confirmar fatos e tentar avançar em outras frentes.
Moraes usou o depoimento de Mauro Cid na quinta-feira para tentar avançar nas investigações sobre a possível participação do ex-presidente Jair Bolsonaro nos atos do 8 de Janeiro de 2023.
Na oitiva, segundo o site Metrópoles, o ministro do Supremo questionou o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro sobre qual teria sido a atuação do ex-presidente da República na invasão às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Aliados do tenente-coronel do Exército dizem que teria sido a primeira vez que Moraes perguntou a Mauro Cid sobre a eventual participação de Bolsonaro nos atos golpistas realizados após a posse do presidente Lula.
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