A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório com apontamento sobre as omissões do tenente-coronel Mauro Cid na colaboração premiada assinada pelo ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão de manter ou não os benefícios cabe ao ministro Alexandre de Moraes.
O militar prestou depoimento por cerca de três horas nesta terça-feira (19).
Segundo investigadores, ele negou ter conhecimento do plano de atentado contra Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
Para a PF, Cid soube do plano e participou da articulação para monitorar as autoridades. Os investigadores recuperaram dados apagados que apresentam indícios da participação do ex-ajudante de ordens.
Operação
A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira (19) uma operação que resultou na prisão de quatro militares do Exército — três da ativa e um da reserva — e de um policial federal, todos acusados de envolvimento na articulação de um golpe de Estado.
Na ação, os agentes da PF cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares.
Os militares presos são o general da reserva e ex-assessor da Presidência no governo Jair Bolsonaro (PL), Mario Fernandes, o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo e o tenente-coronel Hélio Ferreira de Lima.
O policial federal detido foi identificado como Wladimir Matos Soares.
Segundo a investigação, o grupo planejava impedir a posse de Lula após a vitória eleitoral em 2022.
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