Detalhes da investigação da Polícia Federal (PF) que levaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) a endossar e o Supremo Tribunal Federal (STF) a autorizar a operação desta terça-feira (19) revelam o uso de aparelhos do Estado, do Exército, na ameaça a autoridades para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023.
Segundo dados da investigação, há suspeitas de que carros do Exército foram usados para vigiar o ministro Alexandre de Moraes, inclusive em seu apartamento funcional.
Em decisão, o ministro afastou das funções públicas três dos militares da ativa envolvidos no caso. A PF deflagrou operação hoje e prendeu cinco integrantes das Forças acusados até de tramar os assassinatos de Moraes, de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
O ministro, com pedido da PF e da PGR, determinou que o Exército informe o itinerário dos carros usados no suposto atentado no final de 2022.
O caso tem implicações para dois dos principais ex-auxiliares de Jair Bolsonaro (PL): Mauro Cid, que era ajudante de ordens, e Marcelo Câmara, que atuava como assessor.
Ambos trocavam informações sobre o itinerário de integrantes do Supremo. Cid prestará depoimento nesta terça. Seu acordo de delação está sob reavaliação.
Moraes também determinou a apreensão dos passaportes dos alvos da operação desta terça.
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