A governadora interina do Distrito Federal, Celina Leão (PP), afirmou nesta quarta-feira (13.nov.2024) que, até o momento, as investigações indicam que o homem encontrado morto na Praça dos Três Poderes, em Brasília, teria cometido suicídio ao detonar os explosivos. Ela também sugeriu que ele possivelmente agiu sozinho, caracterizando-se como um "lobo solitário".
Durante entrevista no Palácio do Buriti, a governadora interina revelou que a identidade do homem ainda não foi confirmada. O veículo envolvido em uma das explosões, que ocorreu no Anexo 4 da Câmara dos Deputados, está registrado em nome de Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo Partido Liberal em 2020. Contudo, ainda não há confirmação de que essa pessoa seja a mesma encontrada morta em frente à Estátua da Justiça, onde ocorreu a outra explosão.
Celina Leão ressaltou que todas as informações são preliminares e que as investigações continuam. O corpo do homem permanece na Praça dos Três Poderes para a realização da perícia inicial. A segurança nos Palácios do Planalto, do Alvorada e do Jaburu foi reforçada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Além disso, a governadora interina mencionou que o suspeito teria tentado acessar a rampa do Supremo Tribunal Federal (STF) antes de cometer o atentado, mas não deu detalhes sobre os desdobramentos dessa tentativa.
Uma funcionária do Tribunal de Contas da União (TCU), que estava nas proximidades do local das explosões, contou a jornalistas que viu um homem passando por uma parada de ônibus ao lado do prédio do STF por volta das 19h32. Pouco depois, dois estrondos foram ouvidos em sequência.
As explosões ocorreram em dois locais distintos: uma em frente à Estátua da Justiça, que resultou em uma morte, e outra em um veículo modelo Shuma de cor prata, estacionado próximo ao Anexo 4 da Câmara dos Deputados. Existe a suspeita de que as explosões tenham sido parte de uma ação coordenada.
De acordo com um sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), testemunhas relataram ter visto um homem correndo do interior do veículo que explodiu. O carro estava aparentemente carregado com uma "espécie de bomba", que não detonou completamente. Acredita-se que o artefato fosse composto por fogos de artifício, conforme indicam imagens que circulam nas redes sociais.
"Há vários explosivos fracionados, amarrados com tijolos, mas a ignição não foi total, a explosão não aconteceu completamente. Inicialmente, acreditamos que o homem estava correndo devido ao incêndio no veículo, mas depois percebemos que se tratava de uma bomba. Aparentemente, é a mesma pessoa que tentou causar a explosão e não conseguiu, correndo em seguida para o STF", explicou o sargento.
A Polícia Federal (PF) abrirá um inquérito para investigar o caso. Em nota oficial, o STF informou que todos os ministros, funcionários e colaboradores da Corte foram retirados do prédio e estão colaborando com as autoridades locais para elucidar os fatos.
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