O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira (30) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai tomar as medidas necessárias para manter o crescimento do Brasil e adequar as despesas à meta fiscal. De acordo com o petista, “quem apostar contra o Brasil vai perder” em entrevista ao g1.
Rui Costa informou que a equipe econômica já apresentou ao presidente Lula os conceitos gerais das medidas fiscais, que estão sendo detalhadas sob aspectos técnicos e jurídicos. A expectativa é que o pacote seja aprovado por Lula nos próximos dias.
Na terça (29), após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar que não havia uma data definida para a divulgação das medidas fiscais, o mercado financeiro reagiu negativamente. O dólar encerrou o dia em alta, cotado a R$ 5,76, o maior valor desde março de 2021, refletindo um cenário externo adverso e incertezas sobre o anúncio do pacote fiscal.
Além disso, números mais fracos de investimentos estrangeiros diretos no Brasil contribuíram para as expectativas negativas, com o total alcançando US$ 5,23 bilhões em setembro, abaixo da expectativa de US$ 5,60 bilhões.
Rui Costa se reunirá hoje com os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet (Planejamento), além dos técnicos de ambos os ministérios, para discutir os detalhes das medidas.
O petista afirmou que as medidas devem ser fechadas até a próxima semana e que “erra quem aposta” que Lula não tomará as medidas necessárias para fazer o ajuste fiscal no país.
“Quem apostar contra o Brasil vai perder, o presidente Lula vai fazer os ajustes necessários para manter o crescimento do país, assegurar investimentos e cumprir o arcabouço fiscal, enquadrando as despesas dentro das regras da meta fiscal”, afirmou Costa.
O descontentamento do mercado voltou a irritar o presidente Lula. De acordo com um interlocutor que se encontrou com ele ontem, Lula permanece bastante “infeliz com a Faria Lima”, região de São Paulo onde estão localizados bancos e corretoras de investimentos.
Assessores do presidente afirmam que ele não tomará decisões no ritmo do mercado, mas no seu próprio tempo.
Eles garantem que o pacote fiscal será robusto o suficiente para conquistar a credibilidade dos investidores nacionais e estrangeiros, em vez de atender aos especuladores do mercado.
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