O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse nesta quarta-feira, 23, que a pasta está trabalhando para reexaminar, a partir do próximo ano, a emissão de registros e fiscalização para controle de armas de Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs). A afirmação foi feita por Lewandowski no contexto do atentado em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, em que um homem matou o pai, o irmão, um policial e deixou nove pessoas feridas.
“É lamentável o que aconteceu em Novo Hamburgo. A nosso ver, isso é resultado da proliferação indiscriminada de armas de fogo que existe na sociedade brasileira. Nós somos contra essa proliferação de armas. Nós entendemos que essas armas têm que ser reduzidas, têm que ser controladas, muito bem fiscalizadas e esta é uma área sobre a qual o ministério [da Justiça] está se debruçando com muito cuidado. Nós vamos reexaminar, reavaliar a situação, quando vier para nós, de cada um dos CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores)”, disse.
Segundo a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, o criminoso identificado como Edson Fernando Crippa, de 45 anos, tinha registro de atirador desportivo e caçador (CAC).
Lula criticou ‘distribuição indiscriminada’ de armas
O presidente Lula (PT) fez coro ao que disse Lewandowski e condenou a distribuição de armas.
“Isso não pode ser normalizado: a distribuição indiscriminada de armamentos na sociedade, com grande parte deles caindo nas mãos do crime, é inaceitável. Estendo minha solidariedade aos familiares das vítimas, incluindo a do policial militar Everton Kirsch Júnior, e a toda a comunidade afetada”, afirmou.
O controle sobre a fiscalização dos CACs foi retirado das Forças Armadas pelo decreto de armas assinado por Lula, no mês de julho de 2023. A partir do próximo ano, a responsabilidade pela supervisão do armamento civil do Exército para a Polícia Federal (PF).
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