Moraes nega pedido de defesa para Daniel Silveira trabalhar e estudar

Uma oferta de estágio remunerado em um escritório foi recebida por Daniel Silveira, assim como uma proposta de trabalho em uma academia
Por: Brado Jornal 24.out.2024 às 16h14
Moraes nega pedido de defesa para Daniel Silveira trabalhar e estudar
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa do ex-deputado Daniel Silveira que pleiteava a liberação do apenado para estudar e trabalhar.

Na petição, os advogados apresentaram ao magistrado uma proposta de emprego em uma academia, além de estágio remunerado no escritório de Paulo Faria, seu advogado.

A defesa também usou como argumento para uma eventual remição de pena os dias em que Silveira cumpriu pena além do prazo legal.

Faria aproveitou o pedido para requerer as saídas temporárias no Natal e Ano Novo.

"No tocante ao pedido de saída temporária, nos termos do art. 122 e seguintes da Lei de Execuções Penais, esse deve ser objeto de pedido específico no momento processual adequado, com inequívoca demonstração do preenchimento dos requisitos legais e documentação pertinente", disse Moraes em despacho.

Após a negativa do ministro, expedida nesta quarta-feira (23), o advogado de Silveira se manifestou, atribuindo ao magistrado a pecha de torturador.

"Mais uma vez, Moraes ignora a lei e perpetua na prática da tortura."

Paulo Faria declarou que além de Moraes se furtar ao cumprimento da lei, a Procuradoria-Geral da República tem postura anuente às decisões do magistrado.

– Irei ratificar a prática à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, pois isso é inadmissível. Não se respeita nada, e a Procuradoria-Geral da República, omissa.



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