Em debate nesta terça-feira (17) conduzido pela Rede TV!, o candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) falou sobre a agressão que sofreu por parte de seu adversário político José Luiz Datena (PSDB) no último encontro entre os postulantes a prefeito, feito pela TV Cultura. Ao abordar o ocorrido, o empresário comparou o comportamento de Datena ao de um “orangotango” e disse ter sido alvo de uma “tentativa de homicídio”. Marçal levou uma cadeirada no último domingo (15) por parte do jornalista após dizer que ele não era homem.
"No último debate, eu estava terminando a minha fala, falando que o Datena não é homem, e aqui eu ratifico. Ele não é, ele é agressor. E as cadeiras aqui foram parafusadas no chão, porque ele teve comportamento análogo ao de um orangotango, em uma tentativa de homicídio contra mim", disse o candidato do PRTB no momento em que devia direcionar uma pergunta ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Nunes, por sua vez, afirmou sentir-se “muito decepcionado” com a participação de Marçal no processo eleitoral e pediu que o candidato elevasse o nível do debate em respeito aos eleitores.
"Eu fico muito decepcionado com a sua participação nesse processo eleitoral. Digo isso com todo respeito. (…) Você chegou só agredindo a todos. Ao pai da Tabata, ao Boulos, ao Datena, a mim… só a Marina [Helena] você poupou um pouco. Isso é ruim para você. (…) Vamos tentar fazer um debate de qualidade em respeito à população aqui, em respeito aos eleitores. Nos incomoda essas agressões o tempo inteiro, nós precisamos elevar o nível. Não é possível qualquer proposta se você não tiver ao menos a capacidade de diálogo, capacidade de respeito com você [eleitor] que vai decidir o futuro da cidade", frisou o candidato emedebista, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na sequência, Marçal replicou mencionando a denúncia de agressão feita pela esposa de Nunes, Regina Carnovale Nunes, contra o prefeito. O empresário também chamou o rival nas urnas de “tchutchuca do PCC”.
"Falando de respeito, quem já agrediu a esposa, tem o boletim de ocorrência. Você podia assumir, ser homem de verdade. Quando eu falo que você parece essa fruta [banana] que não pode falar mais porque foi censurado [pelo debate], você acha ruim. Se ela te perdoou, o povo de São Paulo não vai te perdoar. Você quer um debate de alto nível, mas fica usando seu programa de rádio e televisão para me vincular com o crime, quando você que é o tchutchuca do PCC aqui. É interessante que vocês cobram civilidade, só que eu fui agredido num nível que nunca aconteceu. Saiu nos jornais do mundo inteiro. E aqui eu tenho que me comportar e fazer a sua cartilha. Você usa dinheiro público, você destrói com tudo aqui e eu tenho que me comportar?", disparou Marçal.
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