Conhecido pelo apelido de “Harry Potter”, o presidente do PL baiano e ex-ministro, João Roma, tem confessado aos mais próximos que pretende seguir em frente com a decisão de manter o seu amigo pessoal e deputado estadual, Vitor Azevedo, no PL.
Fiel ao governador petista da Bahia, Jerônimo Rodrigues, Azevedo continua tranquilo no PL de Roma e já afirmou em entrevista que mantém uma relação “sem preocupações” com o partido e seu presidente, podendo trabalhar livremente pelo governo do PT. Na mesma entrevista, Vitor explicou que só mergulhou na vida pública porque atendeu um pedido de Roma para ser presidente do PL em 2022.
O fato foi exposto pelo Brado Jornal [LEIA AQUI] e desencadeou dezenas de outras denúncias envolvendo o PL de Roma em diversos municípios baianos: candidaturas de conservadores, principalmente a prefeito, foram sabotadas. O fato gerou repercussão na mídia local e insatisfação no movimento conservador da Bahia.
A líder do movimento bolsonarista em Juazeiro, Professora Maeth, acompanhou Bolsonaro e ingressou no PL. Maeth construiu seu nome desde 2022 para sair candidata a prefeita e quebrar a hegemonia esquerdista no município. Uniu conservadores, estabeleceu uma frente anti esquerda e promoveu eventos de direita na cidade. Da noite para o dia o sonho em Juazeiro virou pesadelo: João Roma, mesmo conhecendo a estrutura montada pela professora, que já contava com milhares de apoiadores, enterrou a candidatura. Roma simplesmente jogou no lixo o interesse da direita em Juazeiro e consolidou o “apoio” do PL a reeleição da atual prefeita de centro-esquerda, Suzana Ramos. Conforme dito à nossa reportagem, Maeth afirma que pediu desfiliação do PL. O caso da professora é um entre outros casos parecidos de utilização da direita para “acertos” políticos do atual presidente do PL Bahia.
Além de manter seu amigo deputado trabalhando pelo governo da Bahia, Roma não faz questão de esconder sua proximidade com outros políticos petistas. Em eventos da classe politica tradicional, Roma é visto abraçado e rindo com figuras importantes da esquerda nacional.
Para manter um ”escudo” das críticas e até mesmo “puxões de orelha” dos mais próximos, Roma utiliza sua rede social e cede entrevistas para alimentar uma falsa narrativa de que “está combatendo o PT e a esquerda na Bahia”. Apesar do empenho em tentar construir um argumento para melhorar sua popularidade na direita baiana, a insatisfação crescente gerou um mal-estar entre os mais próximos que pedem uma providência de João para não perderem votos de opinião nessa eleição.
Segundo conversas de bastidores da política baiana, serão raríssimos os nomes de conservadores legítimos e filiados ao PL que terão êxito nas eleições deste ano. Com exceção de Salvador, onde alguns nomes da direita terão maiores chances de vitória por carregarem independência e distância de Roma, no interior o cenário é diferente, com baixíssima possibilidade de vitórias para vereador e muito menos para prefeito.
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