Após meses de impasse político, o presidente francês Emmanuel Macron nomeou um novo primeiro-ministro nesta quinta-feira (05): Michel Barnier, o ex-negociador do Brexit pela União Europeia. Com 73 anos, o político conservador se tornará o premiê mais velho da história da França.
A decisão de Macron ocorre apesar da vitória da esquerda nas eleições legislativas realizadas em junho. Naquele pleito, um bloco de partidos de esquerda saiu vitorioso, mas não obteve a maioria necessária para formar um governo.
As negociações para a formação de uma maioria parlamentar foram interrompidas devido às Olimpíadas de Paris.
Com o poder constitucional de nomear o primeiro-ministro, Macron escolheu Barnier para liderar o governo e reativar um Parlamento francês que estava suspenso.
O novo premiê enfrentará o desafio de implementar reformas e aprovar o orçamento de 2025 em um cenário político instável e sob pressão da Comissão Europeia e dos mercados financeiros para reduzir o déficit.
A estratégia de Macron de convocar eleições antecipadas acabou não surtindo o efeito desejado, resultando em uma perda significativa de cadeiras para sua coalizão centrista e na ausência de um partido com maioria absoluta.
A Nova Frente Popular da esquerda, embora tenha obtido o maior número de votos, foi descartada por Macron para a formação do governo após a promessa de outros partidos de votar contra essa aliança.
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