O Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro enviou à Justiça Eleitoral nesse domingo (25) uma manifestação para que seja indeferido, ou seja, rejeitado, o pedido de registro de candidatura do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz à Câmara Municipal de Saquarema (RJ).
No parecer à Justiça, o promotor Rodrigo de Figueiredo Guimarães afirmou que Queiroz não apresentou uma certidão referente a um processo que o envolve na segunda instância do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O caso trata de uma quebra de sigilo bancário — Queiroz foi investigado como operador do esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Antes de se manifestar pela rejeição da candidatura do ex-assessor pelo PL, o MP havia cobrado na quarta-feira passada (21/8) que o documento pendente fosse apresentado.
Ao defender a rejeição do registro, o promotor sustentou que Fabrício Queiroz “tinha ciência da existência do referido processo criminal e, mesmo assim, silenciou com relação a sua existência, sendo dever do candidato apresentar voluntariamente as certidões exigidas pela Justiça Eleitoral quando do seu requerimento de registro de candidatura”.
No sábado (24), dia anterior à manifestação da promotoria eleitoral, a defesa de Queiroz apresentou no processo de registro da candidatura uma petição informando que havia solicitado a certidão à Justiça do Rio de Janeiro na tarde do dia 22 de agosto, mas que a emissão do documento não é automática e seria necessário “tempo hábil” para a sua obtenção. O comprovante do pedido foi anexado à ação.
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