O ex-presidente Jair Bolsonaro ignorou a direção do PL e gravou um vídeo em apoio a um candidato que não faz parte do palanque da sigla de Valdemar Costa Neto.
Na capital do Maranhão, São Luís, o PL de Valdemar Costa Neto resolveu apoiar a candidatura do deputado federal Duarte Júnior (PSB). No mesmo palanque, Duarte reuniu PSB, PL, PT/PcdoB/Rede, o PSDB/Cidadania, Avante, PRD, Podemos, PP e União Brasil.
Com o PL apoiando uma chapa que tem no mesmo palanque o PT e o PSB, o ex-presidente resolveu declarar apoio ao deputado estadual Dr. Yglésio, do PRTB. Yglésio lança uma chapa puro-sangue.
“Brevemente estarei aí. Eu, Jair Bolsonaro, de direita, conservador, estou com Yglésio, candidato a prefeito dessa capital”, disse o ex-presidente, que promete visitar a cidade em setembro.
Em julho, o PL aprovou uma resolução proibindo a composição de palanques com PT entre outros partidos de esquerda. Entretanto, as direções regionais têm ignorado as ordens de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto.
Levantamento feito pelo G1 apontou que em pelo menos 85 cidades brasileiras as duas siglas são aliadas nas disputas municipais. Curiosamente, o Maranhão é onde essa salada partidária fica mais latente. Em 22 cidades, o PL compõe palanque com o PT.
Essa composição é fruto da articulação com o deputado estadual Helio Soares, considerado uma raposa do velho Centrão. Soares substituiu o deputado federal Josimar de Maranhãozinho na direção do partido.
Maranhãozinho é lembrado por ter sido alvo de uma ação da Polícia Federal em 2022. Ele e o deputado federal Pastor Gil foram alvos de busca e apreensão em 11 de março.
Segundo as investigações, o esquema funcionava a partir de um agiota. Os deputados pegavam empréstimos com ele e, em vez de quitarem as dívidas com recursos próprios, indicavam prefeitos de cidades para onde eles haviam destinado verbas da união por meio de emendas.
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