Oposição organiza impeachment de Moraes

Eduardo Girão coleta assinaturas e pede campanha contra ministro
Por: Brado Jornal 14.ago.2024 às 08h59
Oposição organiza impeachment de Moraes
José Cruz/Agência Brasil

Senadores aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defenderam nesta terça-feira (13) a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito e pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes por investigações extraoficiais do Tribunal Superior Eleitoral sobre bolsonaristas.

Segundo mensagens e arquivos trocados entre Moraes, auxiliares e outros integrantes de sua equipe pelo WhatsApp, o gabinete do ministro pediu pelo menos 20 vezes a produção de relatórios de forma não oficial. A atuação se deu por meio do setor de combate à desinformação da Justiça Eleitoral. O caso foi revelado pela Folha de S.Paulo.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou em discurso no plenário que já coleta assinaturas para solicitar o impeachment de Moraes. Segundo o congressista, o requerimento será apresentado depois do Dia da Independência, em 7 de setembro. 

“É surreal o que estamos vendo no Brasil. Amanhã quero pedir à população que assista uma coletiva na frente da Presidência do Senado. Precisamos ler os pontos e começar uma super campanha de impeachment, um pedido robusto”, afirmou Girão.

O senador Cleitinho (Republicanos-MG) afirmou que houve “perseguição” da parte de Moraes ao defender a abertura da “CPI da Vaza toga” –em referência à Vaza Jato que revelou métodos considerados impróprios ou ilegais que resultaram no encerramento da operação Lava Jato. 

“Deveria ter uma CPI da ‘Vaza toga’. Agora, se tiver CPI também, já estou pronto aqui, como o Girão já me pediu para assinar aqui o impeachment do Moraes, porque, subindo no plenário aqui, o que estou fazendo, mostrando esse áudio aqui, parece que é perseguição”, disse.

Bolsonaristas no Senado também protocolaram na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa requerimentos para convocar o juiz instrutor do STF Airton Vieira, o ex-chefe de assessoria no TSE Eduardo Tagliaferro –que participaram da troca de mensagens– e os autores da reportagem, os jornalistas Fabio Serapião e Glenn Greenwald.

Caso sejam aprovados, eles serão obrigados a falar ao colegiado.



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