O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes rejeitou o depoimento por escrito do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sobre reportagem da revista Veja. O dirigente do partido ficou em silêncio em depoimento à Polícia Federal sobre o caso depois de o magistrado ter dado 5 dias para que o cacique fosse ouvido.
A reportagem, publicada em 27 de julho de 2024, diz que o Valdemar informou à Justiça da Flórida (EUA), em um processo contra sua ex-mulher, Maria Christhina, que o PL (Partido Liberal) era perseguido pelo STF e por um ministro da Corte. Não citou nomes.
Por não prestar o depoimento conforme à determinação de Moraes, o ministro do STF mandou que fosse retirado dos autos do processo o documento em que o presidente do PL dá explicações sobre a reportagem.
“Não compete ao investigado definir a forma como deverá depor, se por escrito ou presencialmente”, diz Moraes na decisão.
Para Moraes, o presidente do PL atribuiu “condutas inverídicas” aos magistrados do STF e delegados da PF.
Na decisão, o ministro cita o trecho da reportagem que embasou sua decisão que teria sido dito por Valdemar: “Dada a natureza trivial das acusações, eu acredito, e é até de conhecimento geral no Brasil, que essa prisão teve motivação política”.
Valdemar foi preso por posse ilegal de arma em 8 de fevereiro de 2024. Foi alvo de busca e apreensão na operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Ele foi solto em 10 de fevereiro.
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