O presidente do Supremo Tribunal Federal, Roberto Barroso, disse na terça-feira (30) que não há chance de acontecer no Brasil o que está ocorrendo nas eleições na Venezuela. O líder do país latino-americano, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela), concorreu à reeleição e se autoproclamou vencedor, apesar de a oposição acusar fraude e questionar o resultado.
Segundo Barroso, o voto impresso “sempre foi o caminho da fraude no Brasil, de uma maneira geral”. O magistrado completou: “Em 1996, a gente implanta um sistema de urnas eletrônicas e acabou a fraude. Isso que está acontecendo na Venezuela hoje, não tem nenhuma chance de acontecer no Brasil”.
Assim como no Brasil, na Venezuela, o voto é feito por urna eletrônica. No entanto, também é impresso. Depois de registrar o voto no sistema, é impresso um comprovante em papel, na qual o eleitor pode verificar o voto e depositá-lo, manualmente, em uma urna física. Os votos ficam armazenados na memória da máquina e, ao final do dia, o chefe da seção imprime o boletim da urna e faz a comparação com os votos impressos depositados. Leia mais sobre o sistema de votação na Venezuela nesta reportagem.
“Aqui, a votação é eletrônica, o código-fonte é aberto 1 ano antes, todo mundo pode fiscalizar. A gente traz observadores estrangeiros, abre para a imprensa, abre para os partidos, abre para a Polícia Federal, para o Ministério Público. Todo mundo pode olhar. E depois a gente lacra o programa. As urnas nunca entram em rede. Portanto, elas são ‘ihackeáveis’”, completou o presidente do Supremo.
A declaração de Barroso foi dada durante o evento “A Justiça”, na ABL (Academia Brasileira de Letras), no Rio. Participou como palestrante ao lado do jornalista e presidente da entidade, Merval Pereira.
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