Elias Vaz, secretário que recebeu dama do tráfico, deixa cargo no Ministério da Justiça

Aliado de Flávio Dino, Elias Vaz planeja se dedicar às eleições municipais em Goiás, onde exerce a presidência do diretório estadual do PSB
Por: Brado Jornal 23.jul.2024 às 08h50
Elias Vaz, secretário que recebeu dama do tráfico, deixa cargo no Ministério da Justiça
Reprodução/YouTube

O secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz, que recebeu a “dama do tráfico” amazonense Luciane Barbosa Farias na sede da pasta em março de 2023, deixará o cargo até o final de julho.

Aliado do ex-ministro da Justiça e atual ministro do STF Flávio Dino, ele planeja se dedicar às eleições municipais em Goiás, onde exerce a presidência do diretório estadual do PSB.

“Eu comuniquei ao ministro em junho que ficaria até julho apenas. É uma decisão política, porque sou presidente do PSB no meu estado e eu quero me dedicar à eleição municipal”, disse Elias Vaz ao Uol.


O encontro de Elias Vaz com a “dama do tráfico” do Amazonas

Casada com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, líder do Comando Vermelho no Amazonas, Luciane Barbosa Farias esteve no prédio do Ministério da Justiça e Segurança Pública em março e em maio de 2023 para audiências com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos, e Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), respectivamente.

Ela e o marido foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. Sentenciada a dez anos de prisão, a “dama do tráfico amazonense” responde em liberdade.

O Ministério Público do Amazonas diz que ela “exercia papel fundamental também na ocultação de valores oriundos do narcotráfico, adquirindo veículos de luxo, imóveis e registrando ‘empresas laranjas’.”

Após o encontro se tornar público, Vaz afirmou que recebeu Luciane a pedido de Janira Rocha, ex-deputada estadual no Rio de Janeiro e vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim).

“Quero lamentar esse episódio. Se teve algum erro, esse erro foi da minha parte de não ter feito uma verificação mais profunda das pessoas que vou receber, procedimento que provavelmente a gente deve adotar daqui em diante”, disse Elias Vaz, em entrevista coletiva, após a repercussão negativa do encontro.




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