O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quinta-feira (20) que o CEO global da Enel Energia, Flavio Cattaneo, pediu desculpas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos sucessivos apagões registrados em São Paulo no final de 2023 e no início de 2024.
Silveira declarou que a resposta de Lula foi questionar o quanto a empresa estava disposta a investir na capital paulista para evitar novas quedas de energia. A declaração de Silveira foi dada a jornalistas durante a apresentação das diretrizes do governo para que as distribuidoras de energia possam antecipar a renovação de seus contratos.
Depois do encontro do CEO da companhia com Lula, a companhia afirmou que irá ampliar o investimento no Brasil de R$ 11 bilhões para R$ 20 bilhões para conseguir a renovação de contrato no país.
A Enel é uma estatal italiana do setor energético e também tem operações de geração de energia no Brasil.
Depois dos apagões, o ministro da Energia subiu o tom e chegou a chamar a empresa de “laranja podre” em fevereiro deste ano.
Durante a apresentação das diretrizes, o discurso foi mais ameno. Silveira afirmou que a Enel poderá ter seu contrato renovado antecipadamente caso aceite se adequar às propostas do governo. A concessão da empresa em São Paulo vence em 2028.
“Não importa a cor do gato, o que importa é que casse o rato. Se o contrato for cumprido e os investimentos exigidos pelas novas diretrizes forem cumpridos, não vai ser uma mudança de A para B que vai resolver. Ela vai ter que se enquadrar nas condições do decreto e nas portarias que vão regulamentar o processo. Se ela se enquadrar como qualquer outra, naturalmente poderá renovar”, disse.
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