Com o avanço na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Projeto de Lei que libera cassinos, bingos e jogo do bicho no Brasil, o governo deve liberar a bancada quando o tema for a plenário do Senado.
Isso porque o PL, duramente criticado pelos evangélicos, deve ser acelerado pelo presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e tem previsão de ser votado no início do próximo semestre — bem quando o governo estará focado na regulamentação da reforma tributária que, na Câmara, não tem indícios de que terá vida fácil.
Por essa razão, o Palácio do Planalto sinalizará rejeição ao PL no Senado, buscando apoio dos evangélicos no Congresso. A avaliação é que a Frente Parlamentar Evangélica ganhou muita força nas últimas semanas, quase fazendo o PL do Aborto ser votado em plenário, atropelando todo o rito da Câmara.
Agora, com o PL dos Bingos, o governo espera também que os evangélicos, interessados em eleger Marcos Pereira (Republicanos-SP) como presidente da Câmara, sejam agradados com a posição contrária do Palácio do Planalto.
A rejeição ao Projeto de Lei também pode impactar a popularidade de Lula e de seu governo. A estratégia é que a parcela de evangélicos da população (50 milhões de pessoas) veja que o governo está alinhado com pautas de seu interesse.
Ontem (19), a CCJ aprovou o PL dos Bingos em uma votação apertada. Foram 14 votos a favor e 12 contrários, em uma vitória que contou com o apoio do Centrão e da base do governo.
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