O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestará um novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (18) sobre o caso das joias. Seu pai, o general Mauro Lourena Cid, também será ouvido pela PF. A convocação de ambos ocorre após as investigações apontarem a negociação de uma outra joia relacionada a Bolsonaro.
Enquanto Mauro Cid será ouvido em Brasília, seu pai prestará depoimento no Rio de Janeiro. O tenente-coronel é suspeito de envolvimento no caso por ter entrado no país de forma irregular com joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presentes da Arábia Saudita e por tentar vender esses itens. Ele também é investigado por supostamente fraudar dados de vacinação de Bolsonaro e de sua filha mais nova.
Em março, Mauro Cid foi preso após prestar depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre um áudio em que criticava a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes. Na gravação, Cid alegava ter sido pressionado pela PF a relatar eventos que não teriam ocorrido e a corroborar depoimentos de testemunhas. Em maio, Moraes autorizou sua soltura.
Na mesma ocasião, o general Mauro Cesar Lourena Cid também prestou depoimento à PF. Em agosto de 2023, a PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em uma operação de combate a crimes de peculato e lavagem de dinheiro relacionados ao caso. O general foi um dos alvos dessa operação.
Segundo a PF, pai e filho utilizaram a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, recebidos em missões oficiais de autoridades estrangeiras, e venderam esses itens no exterior. A investigação revelou o rosto do general no reflexo de uma foto usada para negociar esculturas nos Estados Unidos, presentes oficiais, que foi anexada ao documento da decisão de Moraes que autorizou o cumprimento dos mandados.
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