180 investigados pelo 8/1 podem estar em países vizinhos, diz PF

Diretor da PF, Andrei Rodrigues, disse que o pedidos de extradição daqueles que fugiram para a Argentina seriam feito nesta semana
Por: Brado Jornal 11.jun.2024 às 19h02
180 investigados pelo 8/1 podem estar em países vizinhos, diz PF
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) trabalha com a possibilidade de 180 envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 podem estar foragidos na Argentina, Uruguai e Paraguai. A informação é de Ricardo Saadi, diretor de combate do crime organizado, que participou de uma operação no começo de junho para prender envolvidos nos atos que descumpriram medidas cautelares judiciais ou ainda fugiram para outros países.

Há a possibilidade ainda de ter foragidos que não foram mapeados pela PF. O órgão usa recursos de inteligência para tentar encontrar quem fugiu, por onde fugiu e onde está nesse momento.

O Itamaraty ainda não enviou pedido de informações para o Paraguai e Uruguai sobre fugitivos condenados no 8/1.

Os investigadores não descartam a possibilidade dos foragidos de terem pedido asilo na Argentina e também de terem cruzado as fronteiras do Uruguai e do Paraguai pois, segundo eles, há facilidade em cruzar as fronteiras, principalmente a Ponte da Amizade, no Paraguai.

O diretor da PF, Andrei Rodrigues, disse que o pedidos de extradição daqueles que fugiram para a Argentina seriam feito nesta semana. O Brasil aguarda resposta da comissão de refugiados da Argentina para, com base nos dados colhidos, fazer os pedidos de repatriação.


Entenda o caso

A PF realizou uma megaoperação na semana passada para prender participantes dos atos. A Justiça autorizou 209 prisões. Dessas, 47 não ocorreram, porque os alvos já estavam na Argentina, para onde foram visando escapar das punições no Brasil.

Autoridades da Argentina relataram à polícia brasileira que 65 investigados pelos atos buscam refúgio no país vizinho. Ou seja, além dos 47 com mandados de prisão, há outros 18 que ainda escapam ao mapeamento das autoridades brasileiras.

A PF sabe que esses brasileiros entraram sem passar pelas autoridades de fronteira na Argentina. Entraram em porta-malas de carros, ou atravessando rios, ou a pé pela fronteira.



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