O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) tentou nesta terça-feira (4) tranquilizar a esposa, a deputada Rosângela Moro (União Brasil-PR), em uma mensagem enviada após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornar o ex-juiz da Lava Jato réu por calúnia contra o ministro Gilmar Mendes.
Em conversa de WhatsApp, registrada por repórteres fotográficos que estavam no plenário do Senado, Moro diz à cônjuge que será processado por calúnia e que a pena, em caso de condenação, pode ser superior a quatro anos, embora esse tempo de punição seja "altamente improvável".
"Ish, aonde vc está? (sic)", pergunta Rosângela Moro ao marido, que diz que está no plenário do Senado. E Moro acrescenta:
"Não se preocupe tanto".
Moro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF pelo crime de calúnia, após um vídeo viralizar mostrando o senador em um evento social e falando em "comprar um habeas corpus" de Gilmar Mendes.
Relatora do caso, a ministra Cármen Lúcia entendeu que há elementos para a abertura de uma ação penal contra o senador. Os demais ministros da Primeira Turma – Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Alexandre de Moraes – concordaram com o voto da relatora.
Ou seja, a decisão de tornar Moro réu por calúnia contra Gilmar Mendes foi tomada por unanimidade.
Em uma rede social, o ex-juiz da Lava Jato disse que a frase sobre o ministro do STF foi uma "piada" durante brincadeira de festa junina. Ele também alegou que o fato ocorreu antes de ele ser eleito senador da República. E que a gravação do momento foi realizada e divulgada sem sua autorização.
"O recebimento da denúncia não envolve análise do mérito da acusação e no decorrer do processo a minha defesa demonstrará a sua total improcedência", declarou Moro na rede X.
Foto: Gabriela Biló/Folhapress
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