"Bolsonaro está ativo e será o próximo presidente", diz Michelle

Mulher do ex-presidente se junta à estratégia dos filhos Eduardo e Carlos, que têm criticado pretensões de Tarcísio de Freitas e de outros a herdar a vaga bolsonarista na disputa de 2026
Por: Brado Jornal 05.jun.2024 às 14h54
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deu novo indício de que a estratégia da família será buscar uma reversão da inelegibilidade de seu marido, Jair Bolsonaro (PL), e torná-lo um nome viável para a disputa presidencial de 2026.

Em entrevista publicada pelo portal Pleno.News na noite de terça-feira (4), Michelle distribuiu indiretas a quem pretende sucedê-lo –notadamente, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Disse que o caminho ainda não está fechado para o ex-presidente e que as tentativas de chegar a um consenso sobre um herdeiro da base bolsonarista fogem ao tempo da política e são fruto de um interesse que não é seu e nem do clã Bolsonaro. 

“Penso que tem alguém –ou ‘alguéns’– muito interessado em acelerar o processo de apresentação de nomes de prováveis presidenciáveis. Parece até uma tentativa de diminuir a importância do nome do meu marido no cenário político nacional”, declarou a ex-primeira-dama.

Bolsonaro está fora das disputas de 2024, 2026 e 2028. Foi declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 30 de junho de 2023, pouco mais de 6 meses depois de deixar o cargo, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. 

O caso envolve uma reunião com embaixadores no Palácio do Alvorada em julho de 2022, quando criticou o sistema eleitoral brasileiro e a atuação do TSE e do STF (Supremo Tribunal Federal) em um encontro previamente alardeado como elucidativo das provas de que haveria brechas na urna capazes de fraudar o pleito. 

A condenação foi reforçada por outro caso, desta vez relativo ao 7 de Setembro de 2022. Na ocasião, o então presidente usou o Dia da Independência, um evento de Estado, para pedir votos e promover sua campanha à reeleição. A Corte Eleitoral considerou que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Estabeleceu uma nova condenação de 8 anos, mas que não se soma à outra. 



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