O Tribunal Superior Eleitoral decidiu que não participará das eleições venezuelanas como observador.
Questionado, o órgão não informou o motivo da decisão, nem se o Ministério de Relações Exteriores já foi comunicado sobre a medida.
As eleições presidenciais na Venezuela estão marcadas para 28 de julho. A inclusão de observadores internacionais no processo eleitoral foi um compromisso estabelecido no Acordo de Barbados, a fim de assegurar a transparência e legitimidade do pleito presidencial.
Apesar disso, sucessivas decisões de Nicolás Maduro e de órgãos eleitorais venezuelanos têm preocupado a comunidade internacional sobre a lisura das eleições. Em 25 de março, Corina Yoris, opositora do atual presidente, declarou que estava sem acesso ao sistema do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) e não conseguia realizar sua inscrição para o pleito.
No dia seguinte, o Itamaraty divulgou uma nota em que expressa preocupação com o processo eleitoral do país.
“O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo”, escreveu o ministério.
Antes de Corina Yoris, a ex-deputada María Corina Machado também havia tido seu registro de candidatura negado. Ela havia vencido a disputa interna da oposição. Depois de ser desqualificada, indicou Yoris como sua substituta.
Diante das acusações, Maduro classificou as preocupações internacionais como um “circo” da direita. Disse que o sistema eleitoral da Venezuela é o “mais confiável, transparente e auditado do mundo”.
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