O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (28) que a meta definida pelo governo federal de ter 80% das crianças alfabetizadas até 2030 é “coisa nobre, mas pequena”. A declaração foi feita ao comentar os resultados do 1º relatório do indicador Criança Alfabetizada.
“É um compromisso que ainda não é uma coisa muito gloriosa, porque é 80% e não 100%. É uma coisa nobre, mas ainda pequena. Não tem sentido a gente explicar para qualquer ser humano no planeta Terra que as crianças desse país não aprendem a ler estando na escola”, disse Lula.
Em evento no Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Camilo Santana, apresentou os dados do 1º relatório do indicador Criança Alfabetizada.
De acordo com ele, o país retornou ao patamar que existia antes da pandemia da covid-19. Em 2023, o Sistema de Avaliação da Educação Básica identificou que 56% das crianças brasileiras estavam alfabetizadas ao chegar ao 2º ano do ensino fundamental. Por causa da crise da covid-19, o índice havia chegado a 36% em 2021. Antes, em 2019, estava em 55%. O ministro também anunciou a meta de elevar o índice para 60% em 2024 e chegar a 80% em 2030.
Sobre os dados de 2023, Lula disse que o resultado não é bom. “Não tem nenhum motivo de orgulho de constatar que tinha só metade [das crianças alfabetizadas]”, disse. Ainda assim, afirmou que o seu governo tomou providências para retornar ao nível pré-pandêmico.
O presidente defendeu ainda a melhoria da qualidade do ensino público. Disse que a classe média só voltará a frequentar a escola pública quando a educação melhorar.
O evento contou com a participação de governadores aliados e da oposição, como o de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Ele é tido como um dos pré-candidatos que podem disputar com Lula a Presidência da República em 2026.
Em seu discurso, o petista afirmou que a definição de metas conjuntas entre o governo federal, Estados e municípios para a educação era “mais que um acordo federativo”.
“Estão fazendo história. Hoje os governadores e prefeitos desse país, junto com o governo federal assumiram o compromisso de diminuir o índice de analfabetização. […] É compromisso que ainda não é uma coisa muito gloriosa, porque é 80% e não 100%. Mas imaginem que em 2019 tínhamos 55%, que também não é um número bom”, disse.
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