Em uma sessão conjunta realizada nesta terça-feira (28/5) na Câmara dos Deputados, o parlamentar Zacharias Calil (União–GO) simulou um aborto por assistolia fetal. A reunião, destinada a analisar 17 vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abordava temas como a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024, as saidinhas, o setor aéreo e as fake news.
Em um momento de intervalo entre as votações, Calil tomou a palavra para expressar sua oposição à decisão do ministro Alexandre de Moraes, que autorizou a assistolia fetal para casos de estupro. O Conselho Federal de Medicina apresentou um recurso ao Supremo Tribunal Federal para revogar essa decisão, inspirando o parlamentar a trazer o assunto para o plenário.
Usando bonecos e representações plásticas, o deputado demonstrou o procedimento, explicando detalhadamente sua execução. “Eu, como médico-cirurgião pediátrico (…) venho aqui mostrar para vossas excelências o que é uma assistolia fetal, um processo que gerou a suspensão pelo Supremo Tribunal de uma resolução do Conselho Federal de Medicina”, afirmou.
Segundo Calil, o procedimento envolve a injeção de substâncias como cloreto de potássio ou lidocaína no coração do feto. “O que é assistolia? O nosso coração bate assim: na sístole, ele se contrai; na diástole, ele relaxa. Quando você provoca a assistolia, o coração para em sístole, ou seja, ele não manda mais sangue nem nutriente para o organismo da criança”, explicou.
Em suas redes sociais, o deputado reiterou sua posição, afirmando que a “assistolia fetal é inaceitável e deve ser proibida o mais rápido possível”.
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