A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) realizou, na tarde desta sexta-feira (24), o 2º seminário sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), focando nos impactos do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 235/2019. A iniciativa foi promovida pelo deputado estadual Diego Castro (PL) e contou com a participação dos deputados federais Capitão Alden, Gustavo Gayer e, de forma virtual, Nikolas Ferreira. A vice-presidente estadual do PL, Doutora Raissa Soares, também esteve presente, assim como o ex-ministro João Roma, que participou remotamente.
Em sua fala, o deputado Diego Castro enfatizou "a necessidade de uma educação livre de ideologização". "A Bahia precisa discutir o tema educação, uma educação sem ideologização. Se da forma que está hoje, a educação já está como está, imaginem se esse projeto for efetivado. O nosso estado se encontra com o pior Ideb do Brasil, as piores notas do Enem do país, a pior educação à distância do país, nota zero", citou Diego.
"Esse é o estado que tem o maior número de analfabetos do Brasil. Esse é o estado que tem como por exemplo a 24ª posição no que tange a frequência escolar. O estado é uma má referência em tudo relacionado à educação. Não é de se esperar outra coisa, já que aqui está o seio político-social, econômico, cultural e intelectual da esquerda", acrescentou o parlamentar baiano.
"Era de se esperar outra coisa? Não. Trazer essa discussão para cá, com a participação da sociedade, que não quer ver seus filhos na escola ouvindo falar de sexualização, que não quer que seus filhos participem de discussões a cerca de benefícios de drogas. Queremos uma educação limpa, imparcial, que de fato prepare o cidadão para o mundo e que tenha a participação da família, que é o primeiro agente educador do ser humano", completou.
O deputado federal Gustavo Gayer criticou fortemente o projeto, sugerindo uma tentativa de controle ideológico. "Eles sabem que se eles conseguirem controlar o sistema de deformação mental que virou o sistema de ensino brasileiro, em 20 anos eles dominam o país", opinou. "Como perceberam que pegaram leve nos últimos 50 anos, agora eles estão quintuplicando a aposta com esse projeto, com esse plano", emendou Gayer.
Seu colega na Câmara, Capitão Alden também expressou suas preocupações, destacando problemas específicos do PNE. "Nós vimos aqui um fragmento do problema que é esse Plano Nacional de Educação. Não adianta ficar defendendo Deus, Pátria, Família e Liberdade e não lutar contra esse plano. É através do plano e do sistema que eles vão atingir esses valores que defendemos hoje. Um dos eixos desse plano é acabar com as escolas cívico-militares. Outro eixo é criminalizar o homeschooling. Outro é institucionalizar a sexualização precoce. Tudo está dentro desse plano", afirmou.
Na ocasião, Raissa Soares ressaltou a importância do encontro e a necessidade de mobilização contra o projeto. "É muito importante esse encontro, esse plano está em discussão. Cada estado está fazendo a sua parte e precisamos, nós, da Bahia, nos engajar contra esse nefasto projeto", disse a médica.
O seminário reuniu ainda especialistas para debater os possíveis efeitos do PLP nº 235/2019, como as professoras Cássia Queiroz e Alzemeri Britto.
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