Ao defender os gastos utilizados pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR) com segurança pública durante a pré-campanha eleitoral em 2022, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, disse já ter sido vítima de ameaças do Primeiro Comando da Capital e afirmou que esses gastos devem ser “totalmente afastados de qualquer conotação eleitoral de pré-campanha ou de campanha”.
“Eu sei o que é ser ameaçado pelo PCC. Eu sei o que é ser ameaçado, você e a sua família, de morte. Então dizer que a segurança usada por Moro é gasto de campanha… Usar um carro blindado, e dizer que isso afeta o equilíbrio eleitoral… Quem vai votar numa pessoa porque anda de carro blindado, porque ele precisa de segurança?”, perguntou Moraes de forma retórica.
Durante seu voto para absolver o senador, Moraes rebateu questionamentos do PL e da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PC do B) sobre o uso do dinheiro Moro com a sua segurança durante a pré-campanha. O ministro disse que não “é coisa de filme” andar com carro blindado e com seguranças.
Ele relembrou investigação da PF (Polícia Federal) que descobriu que integrantes do PCC planejavam sequestrar e matar o senador. Familiares de Moro também eram alvo da facção.
A Corte Eleitoral decidiu nesta terça-feira (21), por unanimidade, absolver Moro das acusações de abuso de poder econômico, caixa 2, uso indevido dos meios de comunicação e irregularidades em contratos.
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