Demissão de Prates da Petrobras se deu porque governo quer acelerar investimentos, diz ministro

Alexandre Silveira disse que não há intervenção do governo na estatal
Por: Brado Jornal 21.mai.2024 às 15h51
Demissão de Prates da Petrobras se deu porque governo quer acelerar investimentos, diz ministro
Joédson Alves/Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da Petrobras porque o governo quer acelerar os investimentos da estatal e tem "ansiedade" para apresentar resultados rápidos. Segundo ele, Lula vê necessidade em direcionar mais recursos para temas como refino, gás natural e fertilizantes.

Essa foi a sua primeira declaração pública sobre a substituição no comando da petroleira. Silveira tinha atritos com Prates enquanto ele estava no comando da Petrobras.

"Tentaram personificar em mim e no ministro Rui Costa (o motivo para a demissão de Prates). Isso não aconteceu. O presidente Lula, com 78 anos, não pode ser constrangido por nenhum de nós", disse Silveira, a jornalistas, após embarque de eletricistas da Light e da Enel Rio, além de equipamentos, para reparos em redes subterrâneas, para o Rio Grande do Sul.

Ele destacou que o objetivo da troca é o cumprimento integral do plano de investimentos da Petrobras, que elevou em 31% o volume de recursos a serem aplicados entre 2024 e 2028. A velocidade dos investimentos está associada, segundo o ministro, aos prazos da política que exigem a apresentação de resultados rápidos.

A justificativa da aceleração dos investimentos, porém, conflita com versões de bastidores sobre a razão por que Prates teria sido demitido do comando da petroleira e substituído por Magda Chambriard, apontando que embates com Silveira e Rui Costa, ministro-chefe da Casa-Civil, teriam sido o motivo.

Parte do mercado aponta que Prates vinha atendendo aos desejos do governo: alterou a política de preços de combustíveis, segurou reajustes dos derivados nas refinarias, sem repassar a volatilidade dos preços do petróleo, mudou a fórmula de distribuição de dividendos para reduzir o valor mínimo de remuneração aos acionistas e se mobilizava pela reentrada na refinaria de Mataripe, entre outras iniciativas.



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