O presidente Lula escolheu o ministro da Secom, Paulo Pimenta, para ser o responsável pelo gabinete do Palácio do Planalto na capital gaúcha, Porto Alegre. O gabinete já é chamado no Planalto de Ministério da Reconstrução do Rio Grande do Sul.
A informação foi divulgada pela Folha.
Ao longo da tarde, o Palácio do Planalto cogitou o nome de Wolnei Wolf, secretário nacional de Proteção e Defesa Civil e de Edegar Pretto, diretor-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para assumir a função.
No final das contas, Lula optou por Pimenta, que tem atuado diretamente no atendimento aos prefeitos gaúchos. Em alguns casos, o Secom travou batalhas com alguns gestores municipais, como o prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin, do PP.
Com o afastamento de Pimenta da Secom, o cargo no Palácio do Planalto ficará a cargo de Laércio Portela.
Com esse movimento, Lula espera dar mais visibilidade ao ministro da Secom de olho na disputa eleitoral de 2026. Paulo Pimenta, que sempre sonhou em ser prefeito de sua cidade natal, Santa Maria, agora pretende disputar o Palácio Piratini nas próximas eleições gerais, 2026.
Essa decisão de se instalar um gabinete federal no Rio Grande do Sul ocorre após Lula sofrer várias críticas sobre a omissão do governo federal durante as chuvas. Desde o início da crise, o petista fez apenas dois sobrevoos: um em Santa Maria, na região Central e outro em Porto Alegre.
Como mostramos mais cedo, Lula adiou para quarta-feira, 15, o anúncio do pacote de medidas destinado às famílias vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul.
A expectativa era de que as medidas fossem lançadas nesta terça-feira, 14, mas, segundo o Planalto, o adiamento ocorreu porque o petista vai convidar os demais Poderes da República.
Entre as medidas que devem ser anunciadas, está a criação de um auxílio emergencial de até R$ 5 mil para os desabrigados. Existe a possibilidade de os anúncios serem feitos durante visita de autoridades ao Rio Grande do Sul. Isso continua sendo ajustado pelo governo.
Conforme a Defesa Civil do estado, 615 mil pessoas estão fora de casa em consequência das enchentes – 77,4 mil estão em abrigos e 538,2 mil em residências de amigos ou parentes. Foram confirmadas mais de 145 mortes até o momento.
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