O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (10) que perguntou a uma mulher, beneficiária do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), “quando ela vai fechar a porteira?”, questionando se ela pretende ter mais filhos.
A mãe de 27 anos que foi contemplada com um imóvel do programa tem cinco filhos, segundo o presidente, que afirmou ter feito a pergunta na quinta-feira (9).
“Quando eu entrego a chave para uma pessoa, aquela menina que tem um monte de filho, ela tem cinco filhos. Eu falei: ‘companheira, quando é que vai fechar a porteira, companheira? Não pode mais ter filhos, ela tem 27 anos de idade'”
A declaração ocorreu durante uma cerimônia em Maceió, capital alagoana, para a entrega de 914 residências do programa Minha Casa, Minha Vida.
Lula seguiu dizendo que aconselhou a mulher a “se cuidar”, porque é preciso, na hora que o filho nasce, ter um plano para o cuidado da criança. “Nem sempre o Estado cuida, nem sempre a religião cuida, quem tem que cuidar é o pai e a mãe”, disse o presidente, que afirmou que fica feliz quando entrega as moradias, as quais comparou a ninhos para as famílias criarem os filhos.
Na quinta-feira, o presidente afirmou que máquinas de lavar são “muito importantes para as mulheres”.
A fala foi feita durante o anúncio de medidas de socorro ao Rio Grande do Sul. O presidente mencionou a importância de eletrodomésticos para pessoas mais pobres que tiveram suas casas atingidas pelas enchentes, e voltou a repetir nesta sexta que ele próprio já foi vítima de enchente.
O presidente também reclamou das vaias recebidas por autoridades presentes no evento. Ele afirmou que a cerimônia não é a ocasião para fazer a disputa que será feita nas eleições municipais. É preciso “aprender a respeitar quando o ato é institucional”, disse o presidente.
Estiveram presentes no evento a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ministro das Cidades, Jader Filho, o ministro dos Transportes, Renan Filho, o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), além das lideranças locais.
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), ou JHC, foi o primeiro a ser vaiado por parte da plateia, ao ser chamado para discursar. Em seguida, o prefeito pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da tragédia climática no Rio Grande do Sul.
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