PF faz operação contra nomes ligados a Bivar por supostas ameaças ao presidente do União Brasil

Operação foi deflagrada hoje na investigação que apurar suspeitas de ameaças de Luciano Bivar ao presidente do União Brasil, Antonio Rueda
Por: Brado Jornal 07.mai.2024 às 10h52
PF faz operação contra nomes ligados a Bivar por supostas ameaças ao presidente do União Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) realiza nesta terça-feira uma operação para investigar ameaças sofridas pelo presidente do partido União Brasil, o advogado Antônio Rueda. Estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no interior de Pernambuco.

As investigações tiveram início na Polícia Civil do Distrito Federal. Com declínio da competência para o STF, a investigação ficou a cargo da Policia Federal.

Em março, Rueda havia pedido à Corte que investigasse uma suposta declaração do deputado Luciano Bivar (PE), então mandachuva da sigla, sobre a contratação de pistoleiros para matá-lo. O relato, segundo a defesa de Rueda, foi feito por um empresário que teria ouvido Bivar falar isso ao telefone com uma terceira pessoa, não identificada. Procurado, o parlamentar disse se tratar de "ardil fantasioso".

A guerra entre os dois começou no mês anterior, quando Rueda, então vice-presidente do União Brasil, deixou clara sua intenção de substituir Bivar na presidência da legenda. Dias antes da eleição para o cargo, no dia 29 de fevereiro, o advogado diz ter recebido uma ligação do deputado com ameaças à sua vida e à da sua família. O deputado nega ter ameaçado a família de Rueda, mas reconhece que discutiu e proferiu xingamentos ao telefone.

No documento, a defesa do presidente eleito do União Brasil relata ainda outra suposta declaração de Bivar considerada como ameaça, de que teria separado R$ 20 milhões para acabar com a vida do ex-aliado. A fala, segundo cita a representação, foi presenciada pelo presidente da Câmara de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil), no dia em que foi eleito como novo presidente da legenda.

A defesa de Rueda cita um pronunciamento de Bivar naquela data, antes da eleição do partido, como um elemento de ameaça. Na ocasião, o deputado afirmou: “Eu peço que Deus cuide dos meus amigos, lhes dê saúde, que dos meus inimigos cuido eu”.

A suposta menção aos pistoleiros, por sua vez, foi feita uma semana depois, no dia 6 de março, segundo os advogados de Rueda.

Outra questão citada pelos defensores é que em meio à disputa, a Comissão Executiva do União Brasil, presidida por Bivar, pediu a Rueda que devolvesse um carro blindado cedido pelo partido a ele. Para os advogados, isso "indica a veracidade das ameaças proferidas contra a vida" de Rueda e de seus familiares.

Soma-se a este cenário os incêndios nas casas de praia do presidente eleito do União Brasil e de sua irmã, Maria Emília Rueda, tesoureira da sigla, no dia 11 de março. Para a defesa de Rueda, que acredita que os incêndios tenham sido criminosos, as ameaças que foram realizadas nas últimas semanas são indícios que apontam “para a possível autoria de Luciano Bivar”. O deputado, por sua vez, nega.



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