O senador Paulo Paim (PT-RS) chorou nesta segunda-feira (6) ao comentar a situação das enchentes do Rio Grande do Sul, que já deixaram 83 mortos. Até o momento, 850 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas fortes em 345 municípios. São quase 122 mil desalojadas, e outras 19 mil estão em abrigos do governo.
O congressista se emocionou em uma entrevista a jornalistas ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Os 3 se reuniram para discutir medidas no Congresso para ajudar o estado.
“É um desespero total. Essa emoção minha não é porque eu quero ficar emocionado, é porque de fato dói. Pessoas que cuidam lá estão chorando”, disse Paim.
O senador de 74 anos disse que nunca viu uma enchente parecida no estado.
“Hoje se fala em 70 mortos, mas pode ter certeza que são mais de 100 mortos pela situação que se criou. Eu, tenho 74 [anos], nunca vi uma situação semelhante a essa. As pessoas estão pedindo água: ‘Queremos água para tomar.’ Querem um colchão para não dormir no chão”, declarou o parlamentar emocionado.
Paim também contou um relato de que bombeiros precisaram escolher entre quem salvar primeiro, se pais ou filhos.
“Há relatos assustadores. Eu vou dar um porque meu filho é voluntário lá dos espaços onde as pessoas ficam. E que os bombeiros disseram ali abertamente para eles que eles tiveram que optar por quem eles levariam primeiro: os filhos ou os pais. E os pais mandam levar os filhos. E ai eles dizem: quando nós voltarmos, não vamos encontrar eles lá, e não estavam mesmo”, contou o congressista.
“Por isso que nós precisamos do Brasil, precisamos do Congresso, precisamos do apoio, da solidariedade de todos. É isso, a situação é desesperadora, falta tudo”, completou Paim.
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