Em conversa com jornalistas após evento em São Paulo nesta segunda-feira, 22, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT), condenado tanto no mensalão e quanto pela operação Lava Jato, disse que pretende voltar à Câmara dos Deputados e afirmou que isso seria uma questão de justiça:
“Até por justiça, creio que mereço voltar à Câmara. Fui cassado sem nenhuma prova, para me tirar da vida política e institucional do País”, declarou ex-ministro o petista.
Ele argumenta que perdeu o mandato de deputado sob acusação de ser “chefe de quadrilha” no escândalo do mensalão, mas que condenação foi revertida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2016, e que, por esse motivo, teria de ser “anistiado” pelos parlamentares.
Cassado
Em 2005, Dirceu teve o mandato cassado após ser apontado como o responsável por liderar o esquema de pagamento de propinas a parlamentares, o mensalão. Em 2012, o STF condenou Dirceu por formação de quadrilha e corrupção ativa pelo mensalão.
O nome de Dirceu também esteve envolvido nas investigações sobre desvios de recursos públicos de estatais. Em agosto de 2015, ele foi preso preventivamente pela Operação Lava Jato. No ano seguinte, o ex-juiz Sergio Moro condenou o ex-ministro a 23 anos e três meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O ex-deputado foi solto em novembro de 2019 e tenta agora anular as condenações na Lava Jato para ter o caminho livre a uma eventual candidatura nas eleições de 2026.
Pela Lei da Ficha Limpa, Dirceu está inelegível e não pode tomar posse em cargos públicos, mas sua defesa entrou, em janeiro, com uma petição no STF para anular todas as condenações na Lava Jato. O caso está com o ministro Gilmar Mendes.
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