“Parece até massa de pão. Quanto mais bate, mas ele cresce”. Assim o presidente estadual do PL Bahia, João Roma, descreveu a presença de centenas de milhares de pessoas em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro no ato público pela defesa da liberdade de expressão e da democracia, realizado na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no final da manhã deste domingo (21).
João Roma foi um dos ex-ministros de Bolsonaro presentes à manifestação popular que transcorreu em clima de paz e tranquilidade. Para ele, mesmo com todo o bombardeio, com todos os ataques sofridos e a insegurança jurídica em que o poder judiciário atua com dois pesos e duas medidas, o presidente Jair Bolsonaro contagia multidões.
“Ele é um símbolo de esperança para grande parte do povo brasileiro!”, afirmou o ex-ministro da Cidadania, que foi destacado por Bolsonaro pelo trabalho social realizado em seu governo. Em seu discurso, o ex-presidente da República exaltou os ministros de sua gestão comparando-os aos do atual governo, onde figura, no comando da economia, “aquele que foi considerado o pior prefeito da história de São Paulo”.
Bolsonaro foi contundente logo no início do discurso, dizendo que “o sistema trabalhou contra a liberdade de expressão”, promovendo censura e discriminação. “Fizeram voltar à cena do crime o maior ladrão da história do Brasil sob o argumento de que ele salvaria o Brasil de uma ditadura. Logo ele que ama as ditaduras de Maduro, na Venezuela, dos Castros, em Cuba, e defende até o Hamas. A verdade veio à tona”, afirmou Bolsonaro.
O dono da plataforma X (ex-Twitter), Elon Musk, teve o nome destacado por Bolsonaro em seu pronunciamento como o defensor de um mundo livre ao apresentar “provas para onde a democracia brasileira estava indo e quanto de liberdade já perdemos”. O ex-presidente pediu uma salva de palmas para Musk e foi atendido pela multidão que lotava a praia de Copacabana.
Bolsonaro assinalou ainda que “o sistema não deseja apenas torná-lo inelegível e jogá-lo numa cadeia, mas concluir o trabalho de Juiz de Fora”, fazendo referência a facada que sofreu de Adélio Bispo na campanha de 2018.
Em contraponto, disse que tem do lado dele a maioria do povo brasileiro e que plantou sementes para que seja continuada a política de um Brasil Grande. “Grandeza só se alcança com liberdade de expressão”, asseverou.
Sobre as acusações de golpista, Bolsonaro cobrou a apresentação da minuta de golpe que nunca veio a público. “Cadê a exposição dos motivos para o estado de sítio?”. O ex-presidente falou também dos “órfãos de pais vivos” para se referir às injustiças praticadas pelo poder judiciário contra as famílias de presos pelos atos de oito de janeiro de 2023.
Citou o caso de uma mãe de dois filhos que foi condenada a 15 anos de cadeia. Bolsonaro pediu anistia, reclamando de uma justiça com J maiúsculo, com eleições sem qualquer suspeita. “A alma da democracia são eleições limpas”, salientou.
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