A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta terça-feira (16) na Comissão de Assuntos Sociais do Senado que, apesar de o Brasil ter registrado 3,2 milhões de casos prováveis de dengue neste ano –um recorde histórico–, a taxa de letalidade da doença caiu em relação aos índices de 2023.
“Os dados de letalidade mostram uma redução em relação ao ano passado, mas o mais importante para nós é evitar essas mortes”, afirmou a ministra na comissão. Nísia participou da reunião para prestar contas da sua gestão à frente do Ministério.
Dados do Ministério da Saúde mostram que a taxa de letalidade em casos prováveis está em 0,04% e em casos graves em 4,12% da semana 1 à semana 15 deste ano, ante 0,07% em casos prováveis e 5,50% em casos graves no mesmo período do ano passado.
Apesar da taxa estar menor, além dos índices de casos serem recorde, o número de mortes em 2024 já superou os registros históricos do Ministério da Saúde. São 1.385 mortes confirmadas.
PRESSÃO MENOR NO SENADO
Na comissão, a ministra foi questionada, entre outros assuntos, sobre dados em relação à dengue, ações do governo, vacinação, saúde indígena e aborto. Desde o início da sessão, Nísia foi elogiada por governistas e até independentes. A oposição, no entanto, marcou posição e fez críticas ao trabalho da área da saúde do governo Lula.
A chefe da Saúde enfrenta pressões do Centrão e de alas do próprio PT. No desgaste da imagem da ministra, estão principalmente descontentamentos no repasse de emendas ao Congresso. O Ministério da Saúde é o que tem o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios.
Apesar da pressão sobre Nísia, o maior embate na comissão foi com o senador Eduardo Girão (Novo-CE). Girão questionou a ministra sobre quais estudos embasaram a decisão do Ministério da Saúde pela obrigatoriedade da aplicação da vacina contra a covid-19 em crianças de 6 meses a 5 anos.
Nísia respondeu o senador afirmando que a aprovação de vacinas no Brasil é feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não pelo Ministério da Saúde. E completou informando que o questionamento não tinha respaldo das principais autoridades científicas do mundo.
“É um desserviço à saúde pública, a quem quer proteger a vida, senador Girão, fazer debates parciais que não tem nenhum respaldo das principais sociedades científicas do Brasil, do mundo e da OMS que colocam em dúvida a vacinação, geram pânico na população e sobretudo geram hospitalizações e mortes”, afirmou.
Fonte: Poder360
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