O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, autorizou, nesta quarta-feira (10), a abertura de um inquérito para investigar o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). A investigação vai averiguar se o congressista cometeu o crime de injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao chamá-lo de ladrão. Fux atendeu a uma solicitação do Ministério da Justiça.
“A suspeita de prática criminosa envolvendo Parlamentar Federal contra o Chefe do Poder Executivo demanda esclarecimentos quanto à eventual tipicidade, materialidade e autoria dos fatos imputados”, afirma o juiz no documento.
A abertura de inquérito foi solicitada pela PF (Polícia Federal) à Suprema Corte em 7 de fevereiro. O ministro deu 60 dias para que as diligências sejam cumpridas. O deputado federal chamou Lula de “ladrão” durante evento na Organização das Nações Unidas em novembro de 2023.
O congressista comentou sobre a decisão de Fux na rede social X (antigo Twitter). Em publicação em inglês e português, ele disse que a investigação demonstra “o quanto está ameaçada a liberdade de expressão no Brasil”.
Nikolas associa a determinação do Supremo ao pedido por mais informações sobre as denúncias feitas pelo empresário Elon Musk. O bilionário trava um embate com o ministro Alexandre de Moraes no X, do qual é dono, desde o final de semana.
“Imagine como vai ser com um simples cidadão brasileiro, que não pode chamar um político condenado em três instâncias de ladrão e envolvido até o pescoço em casos de corrupção. Hoje sou eu, amanhã é você”, disse.
Nikolas também publicou um vídeo em seus perfis nas redes sociais em que repete que a investigação é uma “ameaça à liberdade” no país.
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