O tenente-coronel Mauro Cid, preso na última sexta-feira, 22, por violar as cláusulas de seu acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal (PF), tem recebido apoio de colegas militares em grupos de WhatsApp. A mobilização visa a arrecadar 300 mil reais para custear sua defesa.
Mensagens obtidas por O Globo indicam que o objetivo dos grupos é auxiliar financeiramente o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que voltou à prisão após a revista Veja divulgar áudios nos quais ele critica a PF e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, responsável pela homologação do acordo.
Uma mensagem encaminhada nos grupos militares no WhatsApp apela pela solidariedade aos colegas de farda: “Vamos juntos ajudar esse amigo que sempre foi leal, pai de família e um excelente militar“. O jornal diz que confirmou que a chave Pix está vinculada a uma das contas de Cid.
Segundo o mesmo texto, Cid teria vendido bens pessoais para arcar com os honorários de seu advogado, Cezar Bittencourt. A foto do tenente-coronel fardado com instruções para doações por Pix também circula nos grupos, acompanhada da frase “ninguém fica para trás”.
Até o momento, não há informações sobre a quantia arrecadada. Apesar de estar afastado das funções no Exército, Mauro Cid continua recebendo um salário mensal de 27 mil reais. Na semana passada, o comandante da Força, Tomás Paiva, vetou sua promoção à patente de coronel.
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