“Não sou negacionista”, diz ministro dos Direitos Humanos sobre exploração no Marajó

Silvio Almeida que o arquipélago não deve ser reconhecido apenas por exploração sexual
Por: Brado Jornal 19.mar.2024 às 17h04
“Não sou negacionista”, diz ministro dos Direitos Humanos sobre exploração no Marajó
Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, disse admitir que há exploração sexual infantil na Ilha do Marajó, no Pará, e afirmou, nesta terça-feira (19), que o governo federal acompanha a situação e estuda políticas públicas efetivas para combater o problema. Silvio Almeida está no arquipélago para o lançamento da Escola de Conselhos do Pará.

“Não sou um negacionista. O que significa não ser negacionista? Nós não desacreditamos a verdade. Nós podemos lutar e temos que lutar por uma realidade, mas a gente não nega que a realidade existe”, enfatizou o ministro dos Direitos Humanos.

Silvio Almeida destacou que a Ilha do Marajó, que abriga diversos municípios, tem sim problemas com a exploração sexual infantil, pobreza e situação de fragilidade social. Ele ressaltou, no entanto, que o arquipélago não deve ser reconhecido apenas por isso.

“O Marajó tem problemas, sim. Tem pobreza? Tem. Tem uma situação de fragilidade social muito grande? Tem. Existe abuso e exploração sexual infantil? Existe. Ninguém nunca disse que não existe”, frisou Silvio Almeida.

“O que não podemos aceitar é que uma região com tantas possibilidades, uma região com tanta gente que luta, uma região que há muito tempo vem lutando incessantemente para mudar esta realidade, seja caracterizada pelos seus problemas, unicamente, e não pela luta que faz para mudar esta realidade”, completou o ministro dos Direitos Humanos.

Silvio Almeida está no município de Breves, no arquipélago do Marajó, para cerimônia de lançamento de uma instituição de ensino que irá capacitar conselheiros tutelares e outros agentes do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente para combater violações de direitos na região

O Ministério dos Direitos Humanos destinou R$ 1 milhão para a implementação da Escola de Conselhos do Pará, sendo 50% para atividades no Marajó e o restante para os demais municípios.



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