O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atacou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) logo no começo da primeira reunião ministerial deste ano na manhã desta segunda (18), no Palácio do Planalto. Ele reuniu o primeiro escalão do governo para cobrar resultados dos ministérios para reverter a queda da aprovação nas mais recentes pesquisas de opinião, que apontam uma alta na rejeição do governo.
Durante o tempo em que permitiu a presença da imprensa na reunião, Lula disse que todos os ministros pegaram as pastas com funcionários e programas defasados, e que o “Brasil estava abandonado”, em que o governo anterior “não estava preocupado com o país”.
Segundo Lula, Bolsonaro estava preocupado “apenas em estimular o ódio entre as pessoas, a mentira, e continua fazendo do mesmo jeito”. Ele diz que hoje tem clareza de que o 8 de janeiro de 2023 foi uma tentativa de golpe que se iniciou ainda em 2022 com “gente do governo dele” e de dentro das Forças Armadas.
“Se há três meses quando a gente falava em golpe parecia apenas insinuação, hoje temos certeza que esse país correu sério risco de ter um golpe em função das eleições de 2022”, disse Lula.
Lula afirmou que "não teve golpe" porque pessoas dos comandos das Forças Armadas não quiseram e não aceitaram a ideia de Bolsonaro, "mas também porque o presidente é um covardão". "Ele não teve coragem de executar aquilo que planejou, ficou dentro do Palácio [da Alvorada] chorando quase que um mês e preferiu fugir para os Estados Unidos [...] na expectativa de que fora do país o golpe poderia acontecer", disparou.
"Porque eles financiaram as pessoas nas portas dos quartéis para tentar estimular a sequência do golpe. Como não deu certo, então, eles agora estão dizendo que nós estamos ferindo a democracia, que eles eram inocentes, que eles apenas fizeram discussões, mas que não houve nada de concreto. Mas, nós sabemos que houve a tentativa de um golpe neste país", completou Lula.
A afirmação de Lula ocorre três dias depois do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirar o sigilo dos depoimentos prestados no âmbito das investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.
Fonte: Gazeta do Povo
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