Em depoimento à Polícia Federal, o ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) Carlos Almeida Baptista Júnior relatou um encontro com general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), em São José dos Campos (SP) durante formatura no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
De acordo com Baptista Júnior, Heleno ficou “atônito” e “desconversou” ao receber uma negativa de tentativa de golpe.
Baptista Júnior diz que “afirmou de forma categórica ao general Heleno que a Força Aérea Brasileira não anuiria com qualquer movimento de ruptura democrática”. O ex-comandante da Aeronáutica prestou depoimento à PF no dia 17 de fevereiro.
Ameaça de prisão
Ainda em seu depoimento, Baptista Jr. afirmou que o ex-comandante do Exército general Marco Antônio Freire Gomes disse a Bolsonaro, em reunião com os comandantes das Forças Armadas, que teria que prender o ex-presidente se ele tentasse consumar o plano golpista.
O ex-comandante da FAB disse ainda que, se Freire Gomes tivesse concordado, um golpe teria sido consumado para impedir a posse de Lula (PT).
Nos depoimentos à PF, os ex-comandantes da FAB e do Exército negam participação na trama. Segundo eles, o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-chefe da Marinha Almir Garnier Santos teriam apoiado o plano de golpe.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes derrubou o sigilo de todos os depoimentos do caso nesta sexta-feira, 15.
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